terça-feira, 19 de julho de 2011

Mutirão deve analisar 60 mil processos da Dívida Ativa Municipal


A 1ª e a 2ª Varas da Dívida Ativa Municipal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) estão realizando um mutirão para analisar cerca de 60 mil processos. Nas duas varas, coordenadas pelos juízes Patrícia Macêdo de Campos e Jomar Ricardo Saunders Fernandes, tramitam aproximadamente 500 mil processos (segundo informações das varas).

Participaram da abertura dos trabalhos, na última quinta-feira (14), o presidente do TJAM, desembargador João Simões; o coordenador das Varas da Fazenda Pública e da Divida Ativa Estadual e Municipal, desembargador Mauro Bessa e os juízes Patrícia Macêdo de Campos e Jomar Ricardo Saunders Fernandes.

O trabalho teve início após a Coordenadoria de Apoio às Varas da Fazenda Pública e Dívida Ativa constatar a necessidade da criação de uma comissão destinada à análise de processos de execução fiscal que se encontram com débitos adimplidos, remidos ou prescritos. O objetivo é fazer com que o acervo processual da 1ª e 2ª Varas da Dívida Ativa Municipal seja reduzido.

A criação dessa comissão se justifica pela elevada quantidade de processos existentes em ambos juízos, os quais atualmente possuem um total aproximado de 490,7 mil processos, distribuídos entre físicos e virtuais.

Cada equipe de trabalho é composta por cinco membros em cada cartório. Eles têm à disposição computadores dotados do programa “STI” (software pertencente à Prefeitura de Manaus), que permite consultar, pela matrícula do imóvel ou pela inscrição municipal, a situação tributária do contribuinte. Isto possibilita o acesso à informação relativa ao adimplemento dos créditos tributários.

O desembargador Mauro Bessa ressaltou a importância do mutirão. Para ele a coordenadoria deve ser uma ponte entre a direção do TJAM e as varas.
“Esta coordenadoria visa dar o apoio necessário para uma boa prestação jurisdicional. É aproximar as varas da direção do Tribunal de Justiça. Levar as suas revindicações, as suas dificuldades, as suas carências, seja de ordem material ou humana. O objetivo é exatamente servir de elo entre as varas e a direção do Tribunal de Justiça. Como são inúmeras questões, nesse momento a Coordenadoria tem direcionado a sua coordenação mais especificamente em direção às varas da 1º e 2º Dívida Ativa Municipal”, disse.

Atribuições dos membros da comissão

  • Analisar todos os processos físicos de execução fiscal e separar os autos que estejam pagos, remidos ou prescritos;

  • Localizar os processos que estejam com os créditos tributários extintos pelo pagamento e enviar uma lista com o número dos respectivos processos para a Procuradoria do Município, a fim de que requeiram a devida extinção;

  • Discriminar os processos cujos créditos da Fazenda possam estar abrangidos pela Remissão concedida pela Lei Municipal nº 837/2005 (IPTU – R$ 250,00, TLVFR – R$ 500,00 e ISSQN – R$ 500,00) e remete-los para a 3ª Contadoria com o intuito de atualizarem o valor do crédito fazendário até a data da publicação da referida lei, qual seja, 23.03.2005.

  • Analisar e verificar os processos que estejam prescritos, considerando assim, as ações que não tenham sido ajuizadas no prazo de 5 anos da constituição definitiva do crédito tributário e, nos casos, em que mesmo ajuizadas dentro do prazo de 5 anos, não contenham despacho de citação expedido pelo magistrado.

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