Os representantes do SPT/ONU se reuniram com o juiz auxiliar da Presidência do CNJ Luciano Losekann, que coordena o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ). Na ocasião, ficaram sabendo em quais unidades prisionais e de internação de adolescentes o Conselho identificou as maiores violações aos direitos humanos, incluindo a tortura.
Superlotação - O juiz Losekann informou ao grupo que o principal problema do sistema carcerário brasileiro é a superlotação, que, segundo explicou, acaba gerando outras dificuldades para o tratamento penal dos detentos.
“O sistema carcerário brasileiro é um verdadeiro depósito de seres humanos. A superlotação é um problema comum em todo o País. Ela dificulta o adequado tratamento penal dos detentos, gerando problemas gravíssimos, com presos sem o devido atendimento à saúde e em muitas situações degradantes”, afirmou Losekan, acrescentando que os problemas de saúde comuns no sistema carcerário são a tuberculose, hepatite C, infecção pelo HIV e doenças de pele.
O juiz informou, ainda, que outras mazelas do sistema carcerário brasileiro são a grande quantidade de detentos em delegacias e a ausência, em alguns estados, do serviço de Defensoria Pública. O magistrado alertou também para deficiências no encarceramento de mulheres – cujas necessidades de gênero não são atendidas – e de estrangeiros, muitos deles desassistidos pelos serviços consulares de seus países.
Jorge Vasconcellos
Agência CNJ de Notícias
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